“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.” Bill Gates
SEJAM BEM VINDOS!!!

sábado, 15 de junho de 2013

A fuga Fernando Sabino

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA SUGESTÃO PARA TRABALHO EM SALA DE AULA

1- APRESENTAR O TEXTO AOS ALUNOS E PROMOVER UMA LEITURA SILENCIOSA
                                                    
                                                                                A FUGA
                                                                        FERNANDO SABINO

                Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
                - Para com esse barulho,meu filho - falou, sem se voltar.
                Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
                - Pois então para de empurrar a cadeira.
                - Eu vou embora - foi a resposta.
                 Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa - a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
                A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino.Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão:
                 - Viu um menino saindo desta casa? - gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
                - Saiu agora mesmo com uma trouxinha - informou ele.
                Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, iam deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o botão, o pedaço de biscoito e - saíra de casa prevenido - uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à Avenida, como disposto a atirar-se diante do ônibus que surgia à distância.
                - Meu filho, cuidado!
                O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o braço como a um animalzinho:
                - Que susto você me passou, meu filho - e apertava-o contra o peito, comovido.
                - Deixa eu descer, papai. Você está me machucando.
                Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
                - Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai.
                - Me larga. Eu quero ir embora.
                Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala - tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa.
                - Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
                - Fico, mas vou empurrar esta cadeira.  E o barulho recomeçou.


             CHECAGEM DE HIPÓTESES:
            A-     O que é na sua opinião injustiça?
B-      O pai teve uma atitude responsável ao deixar a porta aberta?
C-      Que valores há nos pertences que a criança levou consigo ao sair de casa?
D-     Na sua opinião, o fato de o menino estar arrastando a cadeira teve algum motivo além de fazer barulho?
E-      Escreva uma oração onde seja utilizada a palavra  IRRESOLUTO.
F-      Crianças são imprevisíveis, portanto o pai deveria ter tomado algumas precauções. Cite algumas que na sua opinião poderiam ter protegido melhor a criança.
G-     Quem são personagens do texto?


 LOCALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES:
FILME-  NINGUÉM SEGURA ESTE BEBÊ ( Baby’s Day out- 1.994)



DESENHO ANIMADO  Episódio do desenho:  “Tom e Jerry” – Cuidado com o bebê.



 PESQUISA ON-LINE PARA LEITURA
a- Casos de crianças que fugiram de suas casas
b- Por que crianças fogem de casa?

PRODUÇÃO DE TEXTO
a- Escrita de uma notícia de jornal sobre criança que foi encontrada após ter fugido de casa.
b- Usando  texto injuntivo, montar uma espécie de manual para cuidar de crianças.
c- Montagem de texto no formato de história em quadrinhos


DENIZE PASTRO ROSOLEM


Testemunha tranquila

Sequência didática :  texto-Testemunha tranquila  (Stanislaw Ponte Preta)
Turma: 6ªsérie/7º ano
Tempo:  4 aulas
Recursos: papel, lápis, caneta, lápis de cor, data show, sala informática, texto digitado, caderno, etc.

Avaliação: Observação da participação e envolvimento dos alunos nas atividades propostas e análise do desenvolvimento durante as produções escrita.

Estratégias de leitura e compreensão
·         Localização e/ou cópia de informações;
·         Comparação de informações;
·         Generalizações ( conclusões gerais sobre fato, fenômeno, situação problema, etc. após análise de informações  pertinentes)


1.       Dividir a sala em grupos.
2.       Ler o texto para sala excluindo o último parágrafo.

Texto: TESTEMUNHA TRANQUILA
Autor: Stanislaw Ponte Preta

       O camarada chegou assim com ar suspeito, olhou pros lados e – como não parecia ter ninguém por perto – forçou a porta do apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, para ver no que ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era um mau-caráter.
       E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto – pensei – é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
       Mas não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas para levar. O cara – ao contrário – parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
       — Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar para matar – eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliviado por não conhecer o homem e – portanto – ser difícil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com aquilo.
       De repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe era visível pela réstia de luz, que vinha por baixo da porta.
       Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? – pensei eu. Pois era uma graça, meus caros. Quando ele acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa às pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e fechou a porta com um pontapé... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direção à bonitinha e pataco... tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimba... tacou a outra.

3.       Após a leitura pedir que cada grupo reescreva o texto construindo um final inusitado.
4.       Quando os grupos terminarem suas produções pedir para que leiam o texto para a classe.
5.       Depois que cada grupo tiver feito a leitura do texto, fazer algumas reflexões do tipo:
·         O que acharam dos textos dos colegas?
·         Houve finais parecidos?
·         Que partes do texto levaram cada grupo a construir o seu final?

6.       Apresentar o texto original em power point.
7.       Fazer novos questionamentos:

·         O que vocês acharam do texto original e do final?
·         O que um texto de suspense precisa ter?

Trecho final:
Os caros leitores perguntarão: — E você? Assistindo àquilo sem tomar uma atitude? — a pergunta é razoável. Eu  tomei uma atitude, realmente. ?Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e eu fui dormir.

(Retirado do livro Dois amigos e um chato – páginas 17 e 18 (88)
Stanislaw Ponte Preta, Editora Moderna)


Atividade final:  Levar os alunos até a sala do Acessa Escola e com a ferramenta Power Point produzir a versão dos textos produzidos pelo grupo acrescentando imagens.

(desenvolvido por: Alexandra Furtado; Edileuza Linhares; Catia de Oliveira, Eliana e Claudia)

Sequência didática: texto - Avestruz de Mário Prata

Público alvo: alunos do 6º ano
Objetivo: desenvolver estratégias de leitura
Tempo estimado : 4 aulas
Recursos: papel, lápis, caneta, lápis de cor, data show, sala informática, vídeos, texto digitado, caderno, etc.
Avaliação: Observação da participação e envolvimento dos alunos nas atividades propostas e análise do desenvolvimento durante as produções escritas

I -Passo – Conhecimento de mundo
  • Exploração do conhecimento do mundo do aluno através de uma série de questionamentos na modalidade oral sobre o título do texto, no caso Avestruz. Há algumas questões também voltadas à antecipação do conteúdo do texto.
  • Quem já viu um avestruz?
  • Onde podemos encontrar um avestruz?
  • Como é um avestruz?

II- Passo-Conhecimento de mundo
  • Podemos ter um avestruz como animal de estimação?
  •  Que tipo de animal é adequado para ser animal de estimação?
  •  O que você espera ler num texto que tenha como título: Avestruz?
  •  Você já leu algum texto de Mário Prata?






III -Passo – Leitura propriamente dita e inferências locais

  • Num primeiro momento, o texto pode ser apresentado usando a ferramenta Movie Maker, de forma lúdica, alternando-se a parte escrita com algumas imagens do Avestruz, utilizando o recurso data show na sala ou a sala de informática. Após a apresentação, dar um espaço para que os alunos façam comentários sobre o vídeo. Num segundo momento, sugerimos que a leitura seja feita  silenciosamente pelos alunos, que podem anotar as palavras ou expressões que não sejam do seu conhecimento.

IV- Passo – Checagem de hipóteses e generalizações

  • Perguntar aos alunos se o texto supre a sua expectativa inicial. O que pensavam que iria acontecer no texto e o que realmente aconteceu. Checagem de hipóteses criadas antes da leitura do texto. 
  •   Pedir que alguns alunos contem de forma resumida do que trata o texto e as impressões sobre o mesmo. Esta atividade trabalha com a ideia de generalizações, pois cada aluno vai narrar a sua história privilegiando um ou outro trecho.


V- Passo – Intertextualidade, linguagem e finalidade

  • Passar para os alunos o vídeo com o desenho animado da turma do pica-pau, no qual Samuel recebe um ovo de avestruz na sua casa. 



 VI- Passo - Inferências, Percepções, apreciações estéticas, afetivas, morais e éticas.

  • Você acha que a mãe do menino ia ficar feliz com a presença de um avestruz em seu apartamento? Por quê?
  •   Segundo o narrador-autor, é fácil ter um animal exótico de estimação? Por quê?
  •   O que o narrador revela pensar sobre o menino ao final do texto? Por quê?
  •   Como o narrador consegue fazer com que o menino desista de ter um avestruz como animal de estimação?
  • Você gostou deste texto? Recomendaria-o a um amigo? Justifique sua resposta.
  •   Você tem algum animal de estimação? Como um animal de estimação deve
  •   Ser tratado?
  •   O que você acha de pessoas que abandonam animais de estimação quando estes estão doentes ou velhos?
  •   Você é a favor da captura de animais silvestres, como macacos, cobras, aves para que estes sejam criados como animais de estimação? Por quê?


VII- Passo - Produção de texto, uso das tecnologias, finalidade e público leitor

  • Os alunos deverão produzir um texto, no qual  contem a história de um colega (ou dele mesmo), que tenha ganhado um animal diferente para ser de estimação. Pode ser uma jiboia, um porco, um ratinho. 
  •  Após produzir este texto, que pode ser em dupla, os alunos deverão reescrevê-lo em Power point, acrescentando inclusive imagens para que o mesmo seja mais atraente para os seus futuros leitores, alunos da sala e das outras turmas do 6º ano.


Sequência de trabalho elaborada pelas professoras:
  • Cláudia Regina Galves
  • Elisabete Maria de Oliveira
  • Ednairan Soares de S. Macena
  • Edineusa Souza Oliveira Azevedo
  • Fernanda dos Santos 



A Última Crônica de Fernando Sabino

Sequência didática: Uma sugestão para trabalhar na sala de aula


1Levantamento de hipóteses/ ampliando conhecimentos
* mapear o conhecimento prévio dos alunos baseando-se nas seguintes questões;
*Você sabe o que é uma crônica?
* Você já leu alguma crônica?
* Em que lugar as crônicas são veiculadas?

2 Antes de entregar o texto  apresentar o título do texto “ A última crônica” de Fernando Sabino, provocar um debate em sala;
*esse título chama a atenção do leitor? Por quê?
* o que ele sugere?
* pelo título dá para imaginar o assunto do texto?
3 Estimular  o aluno para a leitura, ativando os conhecimentos prévios;
·         Como você comemora oseu aniversário?
·         As pessoas mais queridas lembram-se de seu aniversário, ou esquecem?
·         Quem não poderia faltar em sua festa, se caso fizesse?
·         Você já comemorou um aniversário de forma estranha, diferente?
4 Apresentar o texto ao aluno ;

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.
O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
“Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.”
Fernando Sabino




·         Fazer a leitura silenciosa e posteriormente coletiva.
·          Perguntar o que mudou sobre a percepção do texto após a leitura.
·         Pesquisar no dicionário as palavras desconhecidas, para o melhor entendimento do texto.
·         Fazer uma abordagem da realidade social.
5Atividades  propostas sobre o texto, compreensão e interpretação;
1-      Que tipo de narrador o texto apresenta? Justifique sua resposta.
2-      Informações do texto;
a)      Quem entra no botequim?
b)      Onde fica o botequim?
c)       Ele entra no botequim para que?
d)      O que ele deseja?
e)      Quem são os “três seresesquivos”?
f)       O que eles fazem ali no botequim?
g)      Existe alguma relação entre a situação vivida pela família da crônica e a de nossos dias?
h)      No texto há ideia de discriminação? Justifique sua resposta.
6 Trabalhar a intertextualidade, usando o poema de Manoel Bandeira  “ O último poema
O último poema

Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manoel Bandeira
7Escrever um texto individual , sobre algum acontecimento do dia a dia do aluno, que ele considera importante.


 Essa Sequência Didática foi realizada pelas cursistas Cinthia Matos e Claudineia Civitanova

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Os livros e eu, eu e os livros



Descobri o mundo dos livros bem pequena, quando eu tinha, acredito eu, apenas uns 6 ou sete anos. Começou assim: minha mãe sempre contava histórias antes de eu dormir era chapeuzinho vermelho, joão bobo, moranguinhos... e a minha favorita João e Maria. Todos os dias eu ansiava por uma história. Até que aprendi de fato ler e ganhei uma coleção de livros com os clássicos da Disney. Não passava um dia sem que eu lesse, folheasse ou até mesmo brincasse de construir casinhas com meus adorados livros. Lembro que tinha um especial, o da história de Bernardo e Bianca, esse eu li e reli diversas vezes e até dormia com ele. Quando meu pai me trouxe o filme do livro e vi meus amados personagens ganhando vida na tela, foi um deleite. Fui crescendo, amadurecendo... e sempre vi alguns livros de minha mãe na estante e ela me falou que o seu favorito era "O escaravelho do diabo" da série vagalume. Um dia, ela me contou o enredo do livro e fiquei muito interessada e comecei a lê-lo e devorá-lo, daí surgiram outras vontades daquela estante de livros como "O reverso da Medalha" do Sidney Sheldon, a partir daqui estava totalmente entregue ao mundo dos livros. 

Depois no ensino fundamental II descobri o mundo de Harry Potter e fui crescendo junto com esse bruxinho e me tornando mulher. Já tinha certeza que queria ser professora de português e foi na preparação para o vestibular que descobri a minha maior paixão: os livros de Fernando Pessoa. Já na faculdade de Letras, outra paixão: um tal chamado João, João Guimarães Rosa. Minhas paixões não param por aí. Gosto e leio de tudo, dos clássicos ao best-sellers, e não fico sem ler um dia sequer. Também tenho mania de carregar comigo um livro, mesmo que eu não tenha tempo de lê-lo, mas só de carregá-lo, não sei, me deixa tranquila. 

Enfim, hoje sou fascinada pelo mundo dos livros e tento também fascinar, nem que seja um pouquinho, meus alunos. Acredito que sempre há uma pessoa, um alguém, que te inspira, que te influencia a conhecer o mundo da leitura. Esse alguém para mim foi minha mãe, e é quem eu agradeço imensamente por me tornar quem eu sou. Obrigada Mãe!!!!

Eu e meus inspiradores: meu pai e minha mãe!!!!

Publicado por: Cinthia Matos

A leitura na minha vida

Os livros sempre estiveram presentes em minha vida, até antes mesmo de eu e meus irmãos sermos alfabetizados, nós já ganhávamos coleções de livros infantis de uma tia que era professora, isso nos despertou desde muito cedo o interesse pela leitura, além de termos livros em casa, tínhamos a minha mãe e minha avó que passavam boa parte do dia lendo, ou seja, tivemos  o livro e o exemplo dentro de casa, eu e minha irmã esperávamos ansiosas que elas terminassem o livro para que pudéssemos ler.

Muito livros me fascinaram na infância e na minha época de escola, O Pequeno Príncipe, O Meu Pé de Laranja Lima, A ilha perdida ( amava todos os livros da série Vaga-lume), estes são só alguns exemplos de livros que fizeram que eu me encantasse cada vez mais, hoje a minha avó, meu grande exemplo, dona Maria tem 77 anos, e é uma leitora assídua, lê tudo que chega em suas mãos, ela sempre diz que se não fossem os livros ela já teria enlouquecido, todos sabem o que dar para ela de presente  em datas especiais, livros.


Acredito que todos podem encantar-se com este mundo tão fascinante da leitura, mas é preciso que tenhamos o livro e o exemplo, se nossos alunos não o têm em casa, é preciso que encontrem na escola.


(Esta sou eu e a minha avó Maria, minha inspiração, e uma apaixonada por livros.)
Professora Alexandra Furtado
 “Era uma vez um navio que atravessava o oceano Pacífico, rumo à Califórnia. Largara do Porto de Xangai, e entre os seus passageiros distinguia-se uma senhora com duas filhas. Uma das meninas estava doente e, na esperança de consultar um médico que a curasse a família resolvera-se a deixar a sua casa na China e ir para a América.”
UM DIA FELIZ  de Pearl Buck
Esse é o começo do primeiro livro que ganhei de meus pais no Natal de 1.970. Com apenas 9 anos de idade, mas já lendo muito bem, embarquei com a sra. Jackson e suas duas filhas rumo à Califórnia. E a viagem foi mágica. Longa, pois o livro tem 61 páginas e muitas ilustrações coloridas.




Guardo esse livro  como um tesouro e será certamente herança para minha única filha.
A dedicatória tem um valor muito maior agora que meus pais já se foram.





Antes disso, lembro-me de que minha mãe colecionava  as charges do “Amigo da Onça”, personagem do cartunista  Péricles de Andrade Maranhão. Elas eram publicadas na última página da  Revista O Cruzeiro. Minha mãe então, enrolava as folhas destacadas, prendia com uma fita e  guardava em uma caixa de chapéus.
Como eu não sabia ler, adorava espalhar as folhas com desenhos coloridos e tentar entender as imagens. Ao final, guardava-as novamente na caixa e voltava a elas sempre que tivesse vontade.
Quando chegava uma charge nova, via meus pais rindo e fazendo comentários sobre como o Amigo da Onça era malvado. E eu, não conseguia entender além do desenho. Até que  um dia consegui  ler o texto todo: O Amigo da Onça no papel de ascensorista deixa um degrau entre o elevador e o piso e manda uma mulher carregada de compras descer. Que fantástico ...eu tinha lido sozinha!! Mais fantástico ainda, foi ter encontrado a charge do elevador na internet quando comecei este depoimento. Voltei no tempo! Tudo ali, do jeitinho que esteve em minha memória todos esses anos.
Muito tempo passou e muitos livros passaram em minha vida. Alguns marcantes, outros nem tanto. Alguns li  por obrigação, outros por prazer. Alguns emocionantes, outros enfadonhos.
A verdade é que muitas foram as viagens depois de sair da China com a Srª Jackson e suas duas filhas e chegar à América.
Grande abraço
Denize

terça-feira, 4 de junho de 2013

Depoimento sobre leitura e escrita


Sou obrigada a confessar que quando criança não gostava muito de ler. Talvez por falta de incentivo ou mesmo pela minha própria condição de vida: ter que cuidar, juntamente com minha irmã, de  uma mãe doente na cama. Mas, problemas pessoais à parte, uma das leituras de que eu me lembro bem foi a do livro “O pequeno príncipe” de Antoine Saint-Exupéry. Ficava imaginando como era a vida dele naquele planeta... Uma frase marcante desse livro: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Essa frase me influencia até hoje e me faz refletir sobre os meus relacionamentos. Outra situação marcante, foi quando participei de um concurso de Redação e fui uma das selecionadas da escola para concorrer à premiação final. Não consegui chegar lá, ganhei um diploma de Menção honrosa, mas para  mim, já era um grande reconhecimento. A redação era sobre o respeito ao idoso e, como na época, morava com a minha avó (minha mãe já havia falecido), acho que soube expressar bem o carinho que tinha pela minha estimada vozinha que, naquele momento, ocupava o papel de pai e mãe para mim (detalhe: meu pai também já havia falecido quando eu tinha 3 anos). Uma prima me ajudou a aperfeiçoar a redação e achei que ficou boa mesmo. Se não me engano, eu estava na 7ª ou 8ª série. Aliás, foi nessa época, que comecei, de fato, a me interessar pelas letras. Tive uma professora muito boa, Isabel, cujo jeito de ensinar me motivou muito. Era baixinha (como eu), mas muito exigente e enérgica e nos ensinou a conjugar verbos e a tão temida análise sintática. Não sei se porque gostava dela ou por outro motivo, mas comecei a mostrar que tinha facilidade para “a coisa” e sempre tirava boas notas e procurava ajudar meus colegas de classe a resolver os exercícios. Foi aí que comecei a achar que tinha vocação para ser professora e como também tinha facilidade para Matemática, quando tive que me decidir pelo curso que faria, foi um páreo duro, cheguei a prestar vestibular para Matemática (e passei), mas por fim, me decidi mesmo pelas “Letras”. Hoje, apesar de ler gêneros variados, até por conta de selecionar bons textos para trabalhar com meus alunos, minha leitura predileta é a Bíblia. Não existe um livro mais rico em toda a sua inteireza para se ler... e aprender para a vida... Abraços a todos. Cláudia R Galves

Depoimento sobre leitura

Não tive muito contato com livros na minha família a não ser na escola mesmo, meus pais eram de família do campo aquela em que as mulheres ficavam em casa e os homens iam trabalhar não tiveram formação, mas lembro de uma Bíblia, não esta comum a nós, era uma com muitas imagens e sempre estava lendo e vendo as imagens, alguns gibis e livros de romance, mas já algum tempo depois na faculdade,li muitos livros e dois que foram marcantes "crime castigo" de Fiódo Dostoiévsk e "1984" de George Orwell. O primeiro confesso que ainda não entendi direito ainda não sei qual é a do estudante Raskólnikov já o segundo foi porque achei o livro muito interessante pela época em que foi escrita, e fiz uma viagem com a história, queria poder entrar na história para mudar algo, vivia todas a emoções. Fora a faculdade também li outros bons livros, e incentivo meu sobrinho sempre a ler também.


Publicado por: Claudinéia Civitanova

Leitura e escrita

A leitura é uma competência indispensável ao desenvolvimento pleno de uma pessoa, podendo torná-la de fato uma cidadã, quer dizer, um ser capaz de interferir no ambiente em que vive, interagindo com o outro que o cerca. Saber ler, ou seja, atribuir significados ao que lemos é de extrema importância à realidade social em que vivemos. E o trabalho de interação, promovendo diálogo, debate e exposição das opiniões traz para a aula um objetivo maior. Já trabalho em sala de aula com esta interação  em relação à leitura e a escrita em que os alunos aceitaram bem a proposta. Creio então que este trabalho no ambiente digital seja ainda mais aceito, e teria o mesmo objetivo do trabalho em sala, a leitura de textos postados para debates em sala, temas polêmicos para formar opiniões e argumentos. Oportunizar os alunos o aprendizado da leitura e da escrita num ambiente que é favorável a ele como o ambiente virtual pode trazer boas aprendizagens. E a educação a altura dos desafios contemporâneos, é a de transmitir de fato, de forma maciça e eficaz, cada vez mais saberes, e saber- fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro. E nós professores fazer com que haja significado para os alunos toda proposta de trabalho com leitura e escrita.

" A leitura é importante na escola porque é importante fora dela" Lener.


Publicado por Claudinéia Civitanova

domingo, 2 de junho de 2013

TEXTO DE APRESENTAÇÃO.

Este blog foi criado por um grupo de professoras de Língua Portuguesa, a saber: Alexandra Furtado da Rosa, Cinthia de Fátima Matos, Cláudia Regina Galves, Claudineia Civitanova e Denize Pastro Roseleme faz parte da ação de formação continuada “Melhor Gestão, Melhor Ensino”, que é parte integrante do Programa “Educação – Compromisso de São Paulo” da Secretaria da Educação, cujo objetivo é aperfeiçoar a prática dos professores do ensino Fundamental Anos Finais das unidades escolares e visa exclusivamente a melhoria da educação do Estado de São Paulo. O programa está voltado, principalmente, para o desenvolvimento da competência leitora e escritora dos alunos. Portanto, um dos aspectos fundamentais que abordaremos nesse blog será o compromisso com o processo da leitura e da escrita. Neste espaço, poderemos contar nossas experiências, fazer sugestões e contribuir para que a leitura deixe de ser apenas uma obrigação, mas se torne um prazer.